Estimado irmão, estimada irmã, Paz e Bem!
Estamos iniciando um novo ano e eu faço votos de que este seja de muita alegria, paz e bênçãos de Deus pra você e sua família.
Ao desejar “Feliz Ano Novo”, espero que a palavra “novo” alcance seu pleno significado: o novo na vida diz respeito ao sentido que se dá à vida. Quem a vive por viver não sente o verdadeiro prazer que ela proporciona como quando vivida por amor a Deus, Fonte Eterna de toda vida.
A vida é sempre nova porque o Senhor, que renova todas as coisas, não nos deixa parados. Ele nos coloca a caminho do seu Reino, onde prevalecem a verdade, a justiça e a paz.
Uma vida feliz é o sonho que todos acalentamos. Mas é bom nos perguntarmos: o que faz a nossa vida feliz? Creio que a resposta não é difícil de ser encontrada se tomarmos em mãos o Evangelho, no qual Jesus proclamou felizes os pobres em espírito, os mansos, os puros de coração, os sedentos e famintos de justiça, os misericordiosos, os perseguidos por causa da justiça (Mt 5,1-12).
Ano novo é tempo de olhar para o passado com gratidão e para o futuro com esperança. Olhar o passado com gratidão é perceber tudo de bom que realizamos durante o ano que passou, também o que recebemos dos outros e pelas inúmeras graças que o bom Deus nos proporcionou; olhar o futuro com esperança é empenhar-se por uma vida mais fraterna, humana e solidária para todos.
Iniciamos o Ano Novo rezando pela paz. Falta a paz sempre que a vida é desrespeitada; quando há desemprego, falta de pão e saúde; quando a liberdade é usurpada; quando prisioneiros são torturados; quando crianças não têm escola, infância e sonhos; quando muitas pessoas, ou grupos e até nações inteiras são desrespeitadas ou exploradas. Sem paz, a humanidade e a criação inteira sofrem. Possamos, nesse ano que está se iniciando, colaborar para a criação da cultura da paz e cultivá-la em nossa vida.
Para um ano feliz, não podemos nos esquecer os gestos simples que sustentam nossa vida: uma palavra de consolo, um abraço, um agradecimento, um gesto de perdão, de acolhida, de amor, enfim, é viver o ordinário da vida de forma extraordinária. Realizando estes gestos singelos, mas de coração, a vida se torna mais agradável, as pessoas ao nosso redor respiram mais aliviadas e sentem-se menos sozinhas, a começar com as pessoas de nossas famílias.
Por fim, estamos celebrando, neste ano, o Jubileu de Nosso Senhor Jesus Cristo, ou seja, 2025 anos do seu nascimento. O Papa Francisco, com a Bula “A Esperança não Engana”, proclamou 2025 “Ano Santo”, com o tema: “Peregrinos da Esperança”. Possamos vivenciar este “Ano Santo” com mais espiritualidade, vivência sacramental e eclesial, obras de caridade, indulgência plenária, peregrinações, prática da justiça, da partilha, da fraternidade e da paz.
Frei Pedro Cesário Palma – Pároco